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Estrias Angioides

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Tudo o que você precisa saber sobre essa condição ocular: causas, sintomas, diagnóstico e opções de tratamento.

Neste Artigo:

O que são Estrias Angioides?

As estrias angioides são alterações nas camadas internas oculares, especificamente na membrana de Bruch. Foram inicialmente descritas por Doyne em 1889 e posteriormente nomeadas por Knapp em 1892. A hipótese de Kofler (1917) sobre a origem na membrana de Bruch foi confirmada histopatologicamente em 1930. Essa condição requer atenção médica devido às possíveis repercussões na saúde ocular.

Características Clínicas

As estrias angioides são visualizadas na fundoscopia (exame de fundo de olho realizado pelo oftalmologista) como linhas curvas e irregulares, mais profundas na retina. Elas se irradiam em várias direções, variando de cor entre avermelhadas e marrons, e geralmente afetam ambos os olhos (bilaterais). Essas linhas representam rupturas ou defeitos em uma membrana de Bruch espessada, calcificada e enfraquecida. As estrias se localizam abaixo da retina, mas não se estendem até o disco óptico. Acredita-se que as estrias estejam presentes desde o nascimento. Inicialmente (na juventude), elas são assintomáticas. Na idade adulta (antes dos 50 anos), podem ocorrer hemorragias espontâneas ou traumáticas (de menor gravidade) e perda de acuidade visual. Após essa idade, sem tratamento, a condição pode evoluir para:
  • Perda de acuidade visual mais severa (50% dos casos)
  • Degeneração macular (70% dos casos)
  • Neovascularização de coroide (86% dos casos)
Em 50% dos casos, as estrias angioides são um achado isolado, sem associação com outras doenças. No entanto, na outra metade dos casos, podem estar relacionadas a doenças sistêmicas, como:
  • Síndrome de Groenblad-Strandberg (pseudoxantoma elástico) – a associação mais comum.
  • Síndrome de Ehlers-Danlos
  • Doença de Paget (osteíte deformante)
  • Anemia falciforme
  • Talassemia
  • Púrpura trombocitopênica
  • Elastose senil
  • Acromegalia
  • Hiperfosfatemia familiar
  • Envenenamento

Sintomas das Estrias Angioides

Em geral, as estrias angioides são assintomáticas. Elas, por si só, não costumam causar diminuição da visão. A perda de acuidade visual é causada pelas complicações decorrentes das alterações anatômicas que as estrias provocam na estrutura da retina, como neovascularizações e hemorragias.

Causas das Estrias Angioides

As estrias angioides são causadas por rupturas lineares na membrana de Bruch. Essas rupturas são resultado de defeitos ou alterações patológicas na membrana, embora o mecanismo exato seja desconhecido. Uma hipótese sugere que o estiramento dos músculos extraoculares possa criar forças contra o ponto fixo do disco óptico, contribuindo para as rupturas.

Diagnóstico das Estrias Angioides

O diagnóstico é frequentemente realizado através de uma avaliação clínica da retina. O oftalmologista realiza uma oftalmoscopia (exame de fundo de olho ou fundoscopia), utilizando um feixe de luz que permite a observação das estruturas oculares. A dilatação da pupila pode ser necessária para uma melhor visualização.

Exames Complementares

Além da oftalmoscopia, exames complementares podem ser solicitados:
  • Angiografia de fluoresceína ou de indocianina verde: Exame que utiliza contraste intravenoso (fluoresceína ou indocianina) para visualizar os vasos sanguíneos da retina. A fluoresceína é eliminada pelos rins, alterando a cor da urina temporariamente. A indocianina verde é excretada pela bile, alterando a cor das fezes. Um equipamento chamado angiógrafo registra fotografias seriadas dos tecidos retinianos.
  • Tomografia de Coerência Óptica (OCT): Exame que fornece imagens detalhadas (em 3D) da retina e do nervo óptico, incluindo cortes seccionais da estrutura da retina.
Devido à natureza hereditária das estrias angioides, a investigação em familiares do paciente é recomendada.
Fotocoagulação a laser
Imagem Ilustrativa

Tratamento das Estrias Angioides

O tratamento visa principalmente controlar as complicações, como a neovascularização. As opções incluem:
  • Fotocoagulação a laser: Utilizada para tratar a neovascularização. O laser gera calor na retina, induzindo a coagulação e cicatrização do tecido. O procedimento dura cerca de 10 minutos, não requer jejum, mas é necessário dilatar a pupila, sendo recomendado um acompanhante, pois não será possível dirigir após o procedimento. A anestesia é feita com colírio.
  • Injeções intravítreas de antiangiogênicos (Lucentis, Eylea): Medicamentos aplicados diretamente no olho para inibir o crescimento de novos vasos sanguíneos. É um procedimento cirúrgico com anestesia local, e o paciente é liberado logo após. Geralmente, são necessárias múltiplas aplicações, variando de acordo com o caso.
O tratamento com antiangiogênicos é crucial na fase de neovascularização sub-retiniana para evitar a perda visual. Sem tratamento, o complexo neovascular pode formar uma cicatriz disciforme, causando dano irreversível à visão, especialmente se a área central da retina (fóvea) for afetada. Outras medidas importantes:
  • Prevenção de traumas: Evitar esportes de contato e usar lentes de proteção, se necessário.
  • Auxílios de visão subnormal: Lupas e dispositivos eletrônicos de ampliação podem ser úteis para pacientes com perda visual significativa.
  • Mapeamento de retina anual: Exame de acompanhamento regular para monitorar a progressão da condição.

Diagnóstico Diferencial

A perda de visão, um sintoma comum das estrias angioides, pode ser causada por diversas outras condições oculares. É fundamental realizar o diagnóstico diferencial para identificar a causa correta. Algumas doenças que podem ser confundidas com as estrias angioides incluem:
  • Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI): Doença que afeta a mácula (área central da retina), com formas “úmida” e “seca”. Não tem cura, mas há tratamentos para a forma úmida. Comum em pessoas com 50 anos ou mais, frequentemente associada à exposição aos raios UV. Causa perda da visão central.
  • Toxoplasmose ocular: Causada pelo protozoário *Toxoplasma gondii*, provoca lesões na retina, mas não desenvolve neovascularização de coroide. Os sintomas incluem visão turva, fotofobia, dor ocular e “moscas volantes”.
  • Histoplasmose ocular: Infecção rara causada pelo fungo *Histoplasma capsulatum*, que pode afetar os olhos.
  • Vasculite retiniana: Inflamação dos vasos da retina, com causas variadas, incluindo infecções e doenças autoimunes.
  • Hemorragia traumática: Associada a um histórico recente de trauma ocular.
Importante: Consulte um oftalmologista especialista em retina para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.

Conclusão

As estrias angioides são uma condição ocular complexa que exige acompanhamento oftalmológico regular. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado das complicações são cruciais para preservar a visão. Se você apresenta sintomas ou tem histórico familiar da doença, procure um especialista.
 
Este artigo tem fins informativos e não substitui a consulta médica. Consulte sempre um oftalmologista para diagnóstico e tratamento.
ara mais informações, é recomendável consultar um oftalmologista especializado em retina para avaliar seu caso específico.

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