O que é a Cirurgia Refrativa?
A cirurgia refrativa é um procedimento oftalmológico destinado a corrigir erros refrativos, como miopia, hipermetropia e astigmatismo, permitindo que os pacientes alcancem maior independência dos óculos e lentes de contato. Essa técnica utiliza lasers avançados para remodelar a córnea, garantindo uma melhor focalização das imagens na retina.
Principais Técnicas da Cirurgia Refrativa
Entre as técnicas mais utilizadas estão o LASIK (Laser-Assisted in Situ Keratomileusis), o PRK (Photorefractive Keratectomy) e o SMILE (Small Incision Lenticule Extraction). Cada método possui indicações específicas, que dependem da avaliação clínica de cada paciente, incluindo o tipo de erro refrativo e as condições gerais dos olhos.
O que são Doenças Autoimunes?
Doenças autoimunes são condições em que o sistema imunológico ataca células e tecidos saudáveis do próprio corpo, causando inflamação e comprometimento funcional. Exemplos comuns incluem lúpus eritematoso sistêmico (LES), artrite reumatoide (AR), síndrome de Sjögren, entre outras. Esses pacientes frequentemente apresentam manifestações oculares, como olho seco severo e inflamações, o que pode impactar diretamente a segurança e os resultados de cirurgias oftalmológicas.
Pacientes com Doenças Autoimunes Podem Realizar a Cirurgia Refrativa?
Tradicionalmente, doenças autoimunes eram consideradas contraindicação para a cirurgia refrativa devido ao risco de complicações, como atraso na cicatrização, inflamação exacerbada e até condições mais graves, como derretimento corneano. No entanto, estudos recentes indicam que pacientes com doenças autoimunes bem controladas podem ser candidatos seguros ao procedimento.
Condições para a Realização:
A doença deve estar em remissão ou bem controlada com acompanhamento médico.
Não devem haver manifestações oculares graves, como ceratoconjuntivite seca intensa.
A avaliação pré-operatória deve incluir testes específicos para a saúde ocular, como avaliação do filme lacrimal e da córnea.
Pacientes com síndrome de Sjögren, por exemplo, apresentam maior risco de complicações, devido à predisposição ao olho seco severo. Nesses casos, a cirurgia refrativa pode não ser recomendada.
Casos Específicos:
Pacientes com síndrome de Sjögren, por exemplo, apresentam maior risco de complicações, devido
Riscos e Benefícios:
Enquanto a maioria dos pacientes com doenças autoimunes controladas tem bons resultados, é essencial estar ciente de potenciais riscos, como maior chance de sintomas de olho seco no pós-operatório. Por outro lado, os benefícios incluem a possibilidade de uma visão nítida sem dependência de óculos, promovendo qualidade de vida.
Conclusão
A decisão de realizar uma cirurgia refrativa em pacientes com doenças autoimunes deve ser individualizada, baseada em avaliação detalhada e diálogo entre o paciente e seu oftalmologista. Com os avanços da medicina e da tecnologia, muitos pacientes podem, enfim, alcançar o sonho de uma vida sem óculos, mesmo diante de condições sistêmicas desafiadoras.
Fontes:
Chen, Tony Y, and David S Chu. “Refractive surgery for the patient with autoimmune diseases.” Current opinion in ophthalmology vol. 31,4 (2020): 247-252. doi:10.1097/ICU.0000000000000668