Preciso parar o anticoagulante ou AAS para cirurgia de catarata?
Catarata e Anticoagulantes: Preciso Parar Meu Remédio Antes da Cirurgia? Descubra Agora!
Se você usa AAS, clopidogrel, varfarina ou anticoagulantes modernos como rivaroxabana ou apixabana, e vai passar por uma cirurgia de catarata, é natural que surjam dúvidas: “Preciso parar meu remédio?”, “Existe risco de sangramento?”, ou ainda “Posso ter um AVC se suspender?”
A resposta curta é: na maioria dos casos, não é necessário suspender a medicação. A cirurgia moderna de catarata, feita por facoemulsificação com incisão corneana clara e anestesia tópica (com colírios), é considerada de baixo risco hemorrágico, mesmo em pacientes que fazem uso contínuo de anticoagulantes ou antiplaquetários.
Estudos mostram que o risco de sangramentos graves é mínimo. O que pode ocorrer é uma leve hemorragia subconjuntival, sem impacto na visão. Por outro lado, interromper esses medicamentos — especialmente em pacientes com fibrilação atrial, stents cardíacos ou válvulas artificiais — pode causar eventos graves, como infarto ou AVC.
A recomendação atual, baseada em evidências científicas sólidas, é clara:
- AAS e Clopidogrel: podem ser mantidos normalmente.
- Varfarina: pode ser mantida se o INR estiver dentro da faixa terapêutica (entre 2,0 e 3,0).
- Anticoagulantes modernos (NOACs): em muitos casos, podem ser mantidos ou suspensos por apenas 24 a 48 horas, conforme avaliação médica.
- Heparinas: devem ser suspensas com antecedência de 6 a 12 horas, dependendo do tipo.
O mais importante é que a decisão seja individualizada, feita em conjunto com seu oftalmologista e o médico que prescreve o anticoagulante. Uma comunicação clara entre as especialidades garante que você tenha uma cirurgia segura — sem abrir mão da sua proteção cardiovascular.
Portanto, se você ou um familiar vai operar a catarata e faz uso dessas medicações, não tome decisões sozinho. Informe-se, discuta com seus médicos e não interrompa nenhum tratamento sem orientação.
Quer saber mais e tirar outras dúvidas? Leia o conteúdo completo e consulte sempre um oftalmologista experiente. O Dr. Aron Guimarães está a disposição para te auxiliar, inclusive através de consulta online.
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O que são anticoagulantes e quais os principais tipos e marcas de medicamentos?
Anticoagulantes e antiplaquetários são medicamentos amplamente utilizados na prevenção e tratamento de eventos tromboembólicos, como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral isquêmico, embolia pulmonar e trombose venosa profunda. Esses eventos são causados pela formação de coágulos sanguíneos anormais que obstruem vasos, levando à isquemia de tecidos e órgãos vitais. Esses medicamentos atuam em diferentes etapas do processo de coagulação e agregação plaquetária para reduzir a formação desses trombos.
Os antiplaquetários, como o ácido acetilsalicílico (AAS) e o clopidogrel, impedem que as plaquetas se agreguem e formem tampões plaquetários. O AAS atua inibindo irreversivelmente a enzima ciclooxigenase-1 (COX-1), reduzindo a produção de tromboxano A2, uma substância que promove a agregação plaquetária. Já o clopidogrel bloqueia o receptor P2Y12 de ADP nas plaquetas, inibindo sua ativação e agregação.
O uso desses medicamentos é comum em pacientes com doença arterial coronariana, após implante de stents, em prevenção de AVCs e outras condições vasculares. É frequente encontrar pacientes idosos em uso crônico de AAS, com ou sem outros antiplaquetários, por conta de doenças cardiovasculares.
Os anticoagulantes, por sua vez, atuam inibindo fatores da coagulação que participam da formação do coágulo de fibrina, mais estável e duradouro. Os principais incluem:
- Varfarina (Marevan®, Coumadin®): anticoagulante oral antagonista da vitamina K, que interfere na síntese hepática de fatores de coagulação II, VII, IX e X. Seu uso exige monitoramento frequente do tempo de protrombina (TP) e da razão normalizada internacional (INR), que deve permanecer entre 2,0 e 3,0 na maioria das indicações terapêuticas.
- Heparina não fracionada (HNF): administrada por via intravenosa, com ação rápida, usada frequentemente em ambiente hospitalar.
- Heparinas de baixo peso molecular (HBPM): como a enoxaparina (Clexane®), que é aplicada por via subcutânea e tem maior previsibilidade farmacológica, usada para prevenção e tratamento de trombose.
- Anticoagulantes orais diretos (DOACs ou NOACs): incluem a dabigatrana (Pradaxa®), apixabana (Eliquis®) e rivaroxabana (Xarelto®). Esses agentes têm ação direta em fatores específicos da coagulação (como fator Xa ou trombina), dispensam monitoramento laboratorial rotineiro e são cada vez mais utilizados em substituição à varfarina.
Com a crescente longevidade populacional, aumenta o número de pacientes idosos que usam esses medicamentos e necessitam de cirurgias oftalmológicas, como a de catarata, gerando dúvidas sobre a necessidade de interrompê-los antes do procedimento.
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O que é catarata e como é a cirurgia e anestesia?
A catarata é caracterizada pela opacificação progressiva do cristalino, a lente natural dos olhos, que leva à diminuição da acuidade visual, sensibilidade ao brilho, alteração na percepção das cores e, nos casos mais avançados, comprometimento severo da visão. A forma mais comum é a catarata senil, que ocorre com o envelhecimento.
Outras causas incluem diabetes, uso prolongado de corticosteroides, trauma ocular, uveítes e fatores congênitos.
A cirurgia é o único tratamento eficaz para a catarata. O procedimento mais utilizado atualmente é a facoemulsificação, que consiste na fragmentação e aspiração do cristalino opaco por meio de ultrassom, seguida da implantação de uma lente intraocular (LIO) dobrável. A técnica padrão envolve uma incisão corneana clara, geralmente de 2,2 a 2,75 mm, realizada sob anestesia tópica, ou seja, com colírios anestésicos, sem a necessidade de injeções.
Essa abordagem proporciona recuperação visual rápida, menos dor, menor risco de complicações e é realizada, na maioria dos casos, em regime ambulatorial. A cirurgia tem um perfil de segurança elevado, principalmente em mãos experientes, com taxas de complicações graves inferiores a 1%.
A anestesia tópica reduz ainda mais o risco de hemorragias, pois evita o uso de agulhas na região periorbitária, o que poderia gerar lesões vasculares. A incisão corneana, por ser avascular, também contribui para um ambiente cirúrgico com risco muito baixo de sangramentos.
Imagem ilustrativa
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Preciso parar o uso de anticoagulantes ou AAS para a cirurgia? Se sim por quanto tempo?
Essa é uma das perguntas mais frequentes entre pacientes em uso crônico de anticoagulantes ou antiplaquetários. A decisão sobre manter ou suspender esses medicamentos depende de uma análise de risco-benefício, que deve considerar tanto o risco de sangramento ocular como o risco de eventos tromboembólicos caso o medicamento seja interrompido.
Estudos recentes e diretrizes internacionais apontam que, para cirurgias de catarata por facoemulsificação com incisão corneana clara sob anestesia tópica, o risco de sangramento significativo é muito baixo, mesmo em pacientes que continuam o uso de anticoagulantes e antiplaquetários.
As recomendações baseadas nos estudos que você forneceu são:
- AAS e Clopidogrel (isolados ou em uso combinado): não é necessário suspender antes da cirurgia. O risco de complicações hemorrágicas graves é extremamente baixo, e a manutenção da terapia previne eventos trombóticos sérios. Vários estudos clínicos, inclusive randomizados, confirmaram a segurança da manutenção dessas medicações nessa cirurgia.
- Varfarina: deve-se verificar o INR antes da cirurgia. Se estiver dentro da faixa terapêutica (geralmente entre 2,0 e 3,0), a cirurgia pode ser realizada com segurança sem suspender a medicação. Caso o INR esteja elevado, acima de 3,0, pode ser necessário interromper por 4 dias, com uso de terapia ponte em pacientes de alto risco tromboembólico, como aqueles com fibrilação atrial, válvulas cardíacas mecânicas ou história recente de trombose.
- NOACs (dabigatrana, apixabana, rivaroxabana): podem, em alguns casos, ser mantidos. Entretanto, alguns protocolos recomendam suspensão 24 a 48 horas antes da cirurgia, especialmente se houver fatores adicionais de risco de sangramento. Estudos demonstraram segurança em manter esses medicamentos durante a cirurgia, mas a decisão deve ser individualizada.
- Heparinas (HNF e HBPM): se em uso terapêutico, recomenda-se suspensão de 12 horas (HBPM) ou 4-6 horas (HNF) antes da cirurgia. A reintrodução pode ser feita após 6 a 24 horas, dependendo da medicação e do risco de sangramento do paciente.
A decisão final deve envolver o oftalmologista, o cardiologista ou o médico responsável pelo uso da medicação anticoagulante, levando em consideração as particularidades do paciente.
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Quais os riscos de não parar o anticoagulante?
Os principais riscos relatados nos estudos quando os anticoagulantes e antiplaquetários são mantidos envolvem hemorragias menores, como:
- Hemorragia subconjuntival: comum, autolimitada e sem impacto na acuidade visual.
- Hipema (sangue na câmara anterior): raro, geralmente pequeno e resolve-se espontaneamente.
- Sangramento no local da incisão: pode ocorrer, mas raramente exige intervenção.
Por outro lado, a suspensão inadequada desses medicamentos em pacientes com alto risco tromboembólico pode levar a eventos graves, como:
- Acidente vascular cerebral (AVC)
- Infarto agudo do miocárdio
- Trombose venosa profunda e embolia pulmonar
- Trombose de stent coronariano ou de prótese valvar
Os estudos analisados mostram que o risco de complicações oculares graves é extremamente baixo com a cirurgia moderna de catarata, enquanto os eventos tromboembólicos, embora menos frequentes, podem ser fatais. Portanto, a tendência atual nas diretrizes e na prática clínica é manter a anticoagulação e a antiagregação sempre que possível, especialmente em procedimentos de baixo risco como a facoemulsificação.
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Conclusão
A cirurgia de catarata moderna, realizada por facoemulsificação com incisão corneana e sob anestesia tópica, é considerada um procedimento de baixo risco hemorrágico. Assim, na maioria dos casos, não é necessário interromper o uso de AAS, clopidogrel ou anticoagulantes, especialmente em pacientes com risco elevado de eventos trombóticos.
A avalição pré-operatória deve ser criteriosa e individualizada, envolvendo o oftalmologista, o cardiologista e o médico que acompanha o paciente. Em muitos casos, a manutenção do tratamento anticoagulante é a conduta mais segura e respaldada por evidências científicas de qualidade.
Com base nas evidências analisadas, podemos afirmar com segurança que a cirurgia de catarata pode e deve ser realizada com segurança em pacientes anticoagulados ou em uso de antiplaquetários, desde que respeitados os critérios clínicos e cirúrgicos adequados.
A decisão de suspender ou manter a medicação deve sempre considerar o risco de sangramento ocular versus o risco de eventos trombóticos potencialmente fatais. A conduta prudente, baseada em diretrizes atualizadas e na comunicação entre as especialidades médicas envolvidas, é a melhor forma de garantir um desfecho cirúrgico seguro e eficaz para o paciente.
Dr. Aron Guimarães é médico oftalmologista especialista pela USP/SP e com mestrado e doutorado pela UNICAMP.
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Perguntas sobre o tema:
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Tenho 72 anos, uso AAS há 10 anos por conta de um infarto, e meu plano de saúde autorizou a cirurgia de catarata. Preciso suspender o AAS antes da operação?
Não. Para cirurgias de catarata realizadas por facoemulsificação com incisão corneana clara e anestesia tópica, o uso contínuo de AAS é seguro, mesmo em idosos com histórico cardiovascular. A suspensão pode aumentar o risco de eventos trombóticos.
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Uso varfarina para fibrilação atrial e vou operar a catarata em breve. Preciso parar a medicação antes da cirurgia ou posso manter?
Depende do seu INR. Se estiver entre 2,0 e 3,0, a cirurgia pode ser realizada com segurança. Se estiver acima, pode ser necessário suspender a varfarina por 4 dias e usar heparina como ponte, conforme orientação médica.
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Tenho 85 anos, diabetes e pressão alta controlada. Estou em uso de apixabana por causa de uma TVP. A cirurgia de catarata será perigosa?
Não. A cirurgia de catarata é considerada de baixo risco. Estudos mostram que mesmo pacientes em uso de NOACs, como apixabana, podem ser operados com segurança, com ou sem suspensão da medicação por 1 ou 2 dias.
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Meu pai tem 90 anos, usa clopidogrel e fará cirurgia pelo SUS. Existe maior risco por conta da idade e do antiplaquetário?
Apesar da idade avançada, a cirurgia é segura. O clopidogrel pode ser mantido, e o risco de sangramento grave é mínimo. A idade não é, por si só, um fator impeditivo.
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Tenho plano de saúde Amil e estou com cirurgia de catarata agendada. Faço uso de rivaroxabana por causa de uma arritmia. É seguro manter o anticoagulante?
Sim, em muitos casos. A rivaroxabana pode ser suspensa por 24 a 48 horas antes da cirurgia se houver preocupação com sangramento, mas também pode ser mantida, conforme avaliação médica.
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Se eu parar a varfarina para a cirurgia, quais são os riscos reais que corro?
Você pode sofrer eventos tromboembólicos graves, como AVC ou embolia pulmonar. Por isso, a decisão de parar deve ser tomada em conjunto com o cardiologista e baseada no seu perfil de risco.
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O anestesista quer que eu suspenda anticoagulantes antes da cirurgia. Posso recusar e manter o uso com respaldo médico do cardiologista e do oftalmo?
A decisão clínica deve prevalecer sobre exigências administrativas. Um laudo médico pode justificar a continuidade da medicação com base em evidências científicas e protocolos atualizados.
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Tenho 65 anos, uso heparina subcutânea por trombose recente. Posso fazer a cirurgia de catarata sem suspender o remédio?
A heparina deve ser suspensa 12 horas antes da cirurgia se usada em dose terapêutica. Em geral, a cirurgia é segura após esse intervalo. A reintrodução pode ocorrer em até 24 horas.
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Sou paciente oncológico, uso anticoagulante e terei catarata operada. Há maior risco de complicações?
O risco de sangramento continua sendo baixo. O cuidado maior é quanto ao risco trombótico, que é elevado em pacientes com câncer. A cirurgia pode ser feita com medicação mantida ou com pausa breve.
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A cirurgia de catarata pode ser cancelada se eu não suspender o AAS, mesmo que o médico diga que é seguro?
Não deveria. Se houver respaldo médico com base em evidências, não há justificativa clínica para cancelar a cirurgia. Converse com o cirurgião e, se necessário, solicite outro parecer.
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A manutenção do clopidogrel aumenta o risco de hemorragia ocular durante a cirurgia de catarata?
Estudos mostram que não. O risco de sangramentos sérios como hifema ou hemorragia intraocular é muito baixo. O mais comum é uma hemorragia subconjuntival leve, sem impacto na visão.
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Em caso de cirurgia bilateral de catarata, é melhor suspender o anticoagulante por precaução?
Não necessariamente. Se a cirurgia for feita em dias distintos, o risco cumulativo é mínimo. Mesmo em cirurgias bilaterais no mesmo dia, a manutenção pode ser segura, dependendo do quadro clínico.
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Tenho uma válvula cardíaca mecânica e uso anticoagulante. É realmente seguro manter a medicação na cirurgia de catarata?
Sim. Essa é exatamente a situação em que não se deve suspender a anticoagulação. A cirurgia é segura e o risco de suspender supera os riscos oftalmológicos do procedimento.
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A cirurgia de catarata com anestesia tópica reduz mesmo o risco de sangramento?
Sim. A anestesia tópica dispensa injeções periorbitárias, que poderiam causar sangramentos. Isso torna o procedimento ainda mais seguro em pacientes anticoagulados.
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A suspensão de AAS ou anticoagulante reduz muito o risco de complicações hemorrágicas na cirurgia?
A redução do risco hemorrágico é pequena, enquanto o aumento do risco trombótico pode ser grande. Por isso, a tendência atual é manter o tratamento na maioria dos casos.
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Tenho 60 anos e sou hipertenso. Uso AAS e farei a cirurgia. Minha pressão pode aumentar o risco de sangramento?
Se a pressão estiver controlada, não há risco adicional relevante. O AAS pode ser mantido. A monitorização antes e após o procedimento é suficiente.
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A cirurgia de catarata pelo convênio Bradesco Saúde cobre os exames de coagulação como INR e TP?
Sim, esses exames são cobertos pelos planos de saúde quando há indicação clínica, como no caso de pacientes em uso de varfarina.
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O oftalmologista pode decidir sozinho sobre suspender ou manter o anticoagulante?
Idealmente, a decisão deve ser compartilhada com o médico responsável pela prescrição do anticoagulante (geralmente o cardiologista ou clínico).
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Já tive uma trombose há dois anos. Posso suspender o anticoagulante para operar a catarata?
Depende do risco atual. Se você está em uso contínuo por indicação permanente, a suspensão deve ser evitada. Em geral, a cirurgia pode ser feita com a medicação mantida.
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Meu plano de saúde da Sulamérica exige internação hospitalar para operar pacientes anticoagulados. Isso é necessário?
Não. A cirurgia de catarata pode ser feita com segurança em ambulatório, mesmo com o uso contínuo de anticoagulantes, desde que haja boa indicação e estrutura adequada.
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Posso tomar minha dose de anticoagulante no mesmo dia da cirurgia de catarata?
Depende da medicação. Varfarina pode ser mantida normalmente. NOACs podem ser tomados após a cirurgia, dependendo da avaliação do cirurgião.
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Cirurgias feitas com laser em vez de bisturi reduzem ainda mais o risco de sangramento?
O uso de laser femtosegundo pode ser uma opção, mas a redução do risco de sangramento é marginal, já que o procedimento padrão já é extremamente seguro.
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Existe algum anticoagulante que deve ser sempre suspenso antes da cirurgia de catarata?
Não há uma regra fixa. Mesmo os NOACs podem ser mantidos. A decisão é individualizada, com base em risco-benefício.
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Uso clopidogrel e meu cardiologista quer suspender. O oftalmologista diz que posso manter. Em quem confiar?
Ambos devem dialogar. Na maioria dos casos, a manutenção do clopidogrel é segura. Peça que os dois médicos discutam e tomem uma decisão conjunta baseada em evidências.
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Após a cirurgia, quando posso retomar o uso do anticoagulante se ele for suspenso antes?
Geralmente entre 6 e 24 horas após a cirurgia, dependendo da medicação e da evolução do pós-operatório. A decisão deve ser feita com o cirurgião e o cardiologista.
Referências
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Disponível em: https://journals.lww.com/ijo/Fulltext/2022/10000/Anticoagulants_and_antiplatelet_drugs_during.71.aspx
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