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Cirurgia para Miopia: Vale a Pena?

 

Cirurgia para Miopia: Vale a Pena?

A miopia é um dos erros refrativos mais comuns, afetando milhões de pessoas no mundo. Para aqueles que buscam independência dos óculos ou lentes de contato, a cirurgia refrativa a laser tem se tornado uma opção cada vez mais procurada. Mas será que realmente vale a pena? Neste artigo, vamos analisar os tipos de cirurgia disponíveis, benefícios, riscos e como a qualidade de vida dos pacientes pode ser impactada após o procedimento.

O que é a cirurgia para miopia?

A cirurgia refrativa tem como objetivo remodelar a córnea para corrigir erros de refração, como miopia, hipermetropia e astigmatismo. As técnicas mais comuns incluem LASIK (Laser-Assisted in Situ Keratomileusis), PRK (Photorefractive Keratectomy) e SMILE (Small Incision Lenticule Extraction). Todas utilizam tecnologia a laser para modificar a curvatura da córnea e permitir que a luz seja focada corretamente na retina, eliminando ou reduzindo significativamente a necessidade de correção óptica.

Quem pode fazer a cirurgia?

Nem todos os pacientes com miopia são candidatos à cirurgia refrativa. Alguns critérios importantes incluem:

  • Ter mais de 18 anos e grau estabilizado há pelo menos um ano.
  • Ter uma córnea saudável e espessa o suficiente para suportar a alteração estrutural causada pelo laser.
  • Não apresentar doenças oculares, como ceratocone ou infecções ativas.
  • Não possuir condições sistêmicas descompensadas, como doenças autoimunes não controladas.

Uma avaliação oftalmológica completa, incluindo exames topográficos e de espessura corneana, é essencial antes da indicação cirúrgica.

Principais tipos de cirurgia refrativa

LASIK (Laser-Assisted in Situ Keratomileusis)

Técnica mais popular, na qual um flap corneano é criado e levantado para que o laser possa remodelar a camada interna da córnea. Recuperação rápida e mínima dor pós-operatória.

PRK (Photorefractive Keratectomy)

Em vez de criar um flap, a camada epitelial da córnea é removida para aplicação do laser diretamente na superfície. Mais indicada para pacientes com córneas finas, mas tem um tempo de recuperação maior e mais desconforto nos primeiros dias.

SMILE (Small Incision Lenticule Extraction)

Procedimento minimamente invasivo, onde um pequeno disco de tecido (lenticule) é removido através de uma microincisão. Preserva mais a estrutura da córnea, reduzindo os riscos de olho seco e outras complicações biomecânicas.

Impacto da cirurgia na qualidade de vida

De acordo com um estudo publicado no Journal of Ophthalmology e baseado em uma revisão sistemática e meta-análise, os pacientes submetidos à cirurgia refrativa a laser experimentam uma melhora significativa na qualidade de vida (QOL, Quality of Life). A pesquisa analisou 11 estudos com 1.753 pacientes e observou os seguintes resultados:

  • Houve uma melhora significativa da QOL já no primeiro mês após a cirurgia.
  • Aos três meses, o impacto positivo era ainda maior, com aumento da satisfação visual e maior independência de óculos e lentes de contato.
  • Aos seis meses, os pacientes apresentavam qualidade de vida semelhante à de pessoas sem erros refrativos (emétropes).

Além disso, a análise mostrou que os resultados eram melhores em pacientes mais jovens, sugerindo que a adaptação visual e a regeneração corneana podem influenciar a percepção da cirurgia ao longo do tempo.

Benefícios da cirurgia para miopia

Os principais benefícios observados em pacientes que realizaram cirurgia refrativa incluem:

  • Independência visual: Redução ou eliminação da necessidade de óculos e lentes de contato.
  • Facilidade no dia a dia: Maior conforto para praticar esportes, dirigir e realizar atividades ao ar livre.
  • Melhoria psicológica: Aumento da autoconfiança e autoestima após a cirurgia.
  • Segurança visual: Qualidade de visão comparável à de pessoas sem erros refrativos após a estabilização da cirurgia.

O estudo também destaca que a percepção da melhora varia entre os pacientes, dependendo de fatores como idade, tipo de cirurgia realizada e expectativas em relação aos resultados.

Riscos e possíveis efeitos colaterais

Embora a cirurgia refrativa seja considerada segura e eficaz, alguns riscos devem ser levados em consideração:

  • Olho seco: Sintoma comum nas primeiras semanas após a cirurgia, podendo persistir em alguns casos.
  • Halos e glare: Algumas pessoas relatam sensibilidade à luz, halos ao redor das fontes luminosas e dificuldade para dirigir à noite.
  • Correção insuficiente ou regressão: Em alguns casos, pode haver necessidade de um retoque para ajustar o grau residual.
  • Complicações raras: Infecções ou alterações na cicatrização podem ocorrer, embora sejam pouco frequentes.

Recuperação e cuidados pós-operatórios

A recuperação depende do tipo de cirurgia realizada:

  • LASIK: A maioria dos pacientes retorna às atividades normais em 24 a 48 horas.
  • PRK: A recuperação completa pode levar de uma a duas semanas.
  • SMILE: Recuperação rápida, semelhante ao LASIK, mas com menos impacto biomecânico na córnea.

Os cuidados essenciais no pós-operatório incluem:

  • Uso rigoroso de colírios antibióticos e anti-inflamatórios.
  • Evitar coçar ou esfregar os olhos.
  • Proteger os olhos da luz intensa e da poeira.
  • Evitar piscinas e banhos de mar nas primeiras semanas.

Vale a pena fazer a cirurgia para miopia?

Com base nas evidências científicas, a cirurgia refrativa a laser é uma opção segura e eficaz para quem deseja se livrar dos óculos ou lentes de contato. A melhora na qualidade de vida é significativa, e os riscos são baixos quando o procedimento é realizado em pacientes bem selecionados.

No entanto, cada caso deve ser avaliado individualmente. O acompanhamento com um oftalmologista de confiança é essencial para determinar a melhor abordagem para cada paciente e garantir os melhores resultados.

Fontes Utilizadas:

  • Peyman, A., et al. Quality of Life After Laser Vision Correction: A Systematic Review and Meta-Analysis. Journal of Ophthalmology, 2025.
  • Wiley, Journal of Ophthalmology. DOI: https://doi.org/10.1155/joph/8833830

Dr. Aron Guimarães é médico oftalmologista especialista pela USP/SP e com mestrado e doutorado pela UNICAMP.

 

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