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Alimentação e vitaminas para Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI): Como a Dieta Pode Ajudar a Proteger Sua Visão.

Dieta para DMRI

 

 

 

Qual a melhor dieta para a DMRI?

A DMRI (Degeneração macular relacionada à idade) é uma das principais causas de cegueira em idosos e sua prevenção passa, em grande parte, pela alimentação. A dieta mediterrânica é a mais recomendada, por ser rica em frutas, verduras, azeite de oliva, peixes e grãos integrais, com baixo consumo de carne vermelha.

Estudos demonstram que esse padrão alimentar reduz significativamente o risco de progressão para a forma tardia da doença, especialmente para a atrofia geográfica.

O consumo de peixes ricos em ômega-3, vegetais verde-escuros e alimentos ricos em antioxidantes é essencial para a saúde da retina.

Dietas baseadas em alimentos anti-inflamatórios e antioxidantes, como a mediterrânica, ajudam a preservar a função retiniana e protegem contra o estresse oxidativo crônico, que é um dos principais mecanismos de dano à mácula.

Alimentos como azeite extravirgem, nozes, castanhas, frutas vermelhas, abacate, peixes de águas frias e vegetais crucíferos contribuem para essa proteção. Uma dieta equilibrada também favorece o controle de outras condições sistêmicas que afetam a visão, como diabetes e hipertensão.

Figura 1: Imagem ilustrativa de alimentos que são úteis na prevenção e combate da DMRI

 

Quais vitaminas ajudam a controlar e prevenir a DMRI? Qual a melhor formulação e como tomar?

As fórmulas AREDS e AREDS2 são as mais validadas cientificamente para retardar a progressão da DMRI. Elas contêm vitaminas antioxidantes (C e E), minerais como zinco e cobre, e carotenoides como luteína e zeaxantina.

A versão AREDS2, mais moderna, exclui o beta-caroteno, substituído pelos carotenoides, sendo mais segura para fumantes. O uso é indicado especialmente para pacientes com DMRI intermediária e deve ser feito diariamente, com orientação oftalmológica. Outras substâncias benéficas incluem vitaminas do complexo B, ômega-3 e magnésio.

A luteína, a zeaxantina e a meso-zeaxantina são encontradas em concentrações elevadas na mácula e têm a função de filtrar a luz azul e proteger as células fotossensíveis. Suplementos que combinam essas substâncias com ômega-3 e minerais têm se mostrado eficazes em melhorar a acuidade visual, aumentar a densidade do pigmento macular e retardar a progressão da DMRI. Estudos de meta-análise reforçam que a suplementação deve ser continuada por períodos prolongados para que os efeitos protetores sejam mantidos.

A fórmula AREDS2 contém os seguintes nutrientes nas dosagens específicas:

  • Vitamina C: 500 mg
  • Vitamina E: 400 UI
  • Zinco (óxido de zinco): 80 mg
  • Cobre (óxido cúprico): 2 mg
  • Luteína: 10 mg
  • Zeaxantina: 2 mg

 

Importante: o beta-caroteno foi removido da fórmula original devido ao aumento do risco de câncer de pulmão em fumantes.

vitamina DMRI

Figura 2: Imagem ilustrativa de paciente fazendo uso de vitamina para DMRI.

 

Principais Suplementos para DMRI no Brasil

 

PreserVision® AREDS 2 – Bausch + Lomb

Composição: Luteína 10 mg, Zeaxantina 2 mg, Vitamina C 500 mg, Vitamina E 400 UI, Zinco 80 mg, Cobre 2 mg.

 

Neovite Max – Bausch + Lomb

Composição: Luteína 10 mg, Zeaxantina 2 mg, Vitamina C 45 mg, Vitamina E 10 mg, Zinco 7 mg, Cobre 900 mcg.

 

Totavit – Latinofarma

Composição: Luteína 10 mg, Zeaxantina 2 mg, Vitamina C 45 mg, Vitamina E 10 mg, Zinco 7 mg, Cobre 900 mcg.

 

Luteal – Aché

Composição: Luteína 10 mg, Zeaxantina 2 mg, Vitamina C 45 mg, Vitamina E 10 mg, Zinco 7 mg, Cobre 900 mcg.

 

Luvis S – Genom

Composição: Luteína 10 mg, Zeaxantina 2 mg, Ômega 3, Bilberry, Semente de Uva, Vitaminas C, E, B1, B2, B3, B5, B6, B7, B9, B12, Cobre, Zinco, Selênio, Manganês.

 

Lut Vision – Teuto

Composição: Luteína 10 mg, Zeaxantina 2 mg, Vitaminas A, C, E, Zinco, Cobre.

 

Luteimax – Maxinutri

Composição: Luteína 20 mg, Zeaxantina 2 mg, Vitaminas A, C, E.

 

Ultimate Vision – Life Seeds

Composição: Luteína 20 mg, Zeaxantina 2 mg, Astaxantina 4 mg, Vitaminas A, C, D, E, B1, B2, B3, B5, B6, B7, B9, B12, Cálcio, Cobre, Cromo, Ferro, Iodo, Magnésio, Manganês, Molibdênio, Selênio, Zinco.

 

True Vision Health – True Source

Composição: Luteína 20 mg, Zeaxantina 3 mg, Astaxantina 3 mg.

 

Druse – Cristália

Composição: Informações específicas não disponíveis.

RELUZE

 

 

Bebidas alcóolicas ajudam na prevenção da DMRI?

Um estudo recente investigou o impacto do consumo de álcool na progressão da DMRI. Em homens, o consumo moderado (até 3 drinques por semana) foi associado a menor risco de progressão para DMRI tardia. Entretanto, consumo excessivo (definido como “heavy drinking”) foi associado a maior risco de progressão da atrofia geográfica. Em mulheres, os dados foram menos consistentes. Importante: o consumo de álcool não influencia diretamente a perda da visão central (foveal sparing), mas seu uso deve ser moderado e avaliado caso a caso.

 

O mecanismo possível por trás dessa associação está ligado ao efeito antioxidante de compostos como o resveratrol, presente em vinhos tintos. Esses compostos podem atenuar a inflamação e o estresse oxidativo. No entanto, os riscos do consumo excessivo superam os potenciais benefícios, pois o álcool em excesso afeta negativamente o metabolismo hepático de vitaminas e minerais essenciais à visão.

 

alcool e DMRI

Figura 3: Paciente com DMRI ingerindo taça de vinho.

 

Tabagismo piora a DMRI?

Sim, o tabagismo é um dos fatores de risco mais relevantes e modificáveis da DMRI. Fumar aumenta o estresse oxidativo e a inflamação, danificando o epítelio pigmentar da retina e acelerando a progressão da doença. Além disso, reduz a densidade do pigmento macular, comprometendo a proteção contra a luz azul. Parar de fumar reduz significativamente o risco de DMRI, mesmo em idades avançadas.

 

O cigarro também diminui a eficácia dos antioxidantes presentes na dieta ou na suplementação. A nicotina interfere na oxigenação tecidual da retina e favorece processos degenerativos. Campanhas de cessar tabagismo devem ser prioritárias entre pacientes com fatores de risco ou diagnóstico de DMRI.

 

 

Quais outros fatores pioram a DMRI?

Diversos fatores contribuem para o agravamento da DMRI. Obesidade (principalmente abdominal), sedentarismo, hipertensão arterial, colesterol elevado, diabetes mal controlada e exposição solar sem proteção são agravantes importantes. Adotar um estilo de vida saudável, com controle de peso, exercícios regulares, dieta balanceada e uso de óculos com proteção UV é essencial para retardar a progressão da doença.

 

A obesidade também está associada a alterações metabólicas que afetam a saúde ocular. A gordura visceral aumenta a produção de citocinas inflamatórias que prejudicam a microcirculação da retina. A prática de atividade física regular melhora a função vascular e reduz o risco de progressão da DMRI.

 

Quanto a genética interfere na progressão da DMRI?

A predisposição genética é um fator relevante. Variantes em genes como CFH e ARMS2 aumentam o risco de desenvolver DMRI. Contudo, estudos mostram que mesmo pessoas com predisposição genética elevada se beneficiam de intervenções no estilo de vida, como alimentação saudável, uso de suplementos e controle de fatores ambientais. Ou seja, a genética não é um destino imutável.

 

Indivíduos com alelos de risco têm resposta mais intensa à proteção conferida pela dieta mediterrânica, sugerindo que uma intervenção nutricional pode modular a expressão dos genes associados à doença. A medicina personalizada pode, no futuro, indicar suplementos e dietas com base no perfil genético do paciente.

 

Conclusão


A DMRI é uma doença multifatorial, e sua prevenção está diretamente ligada a hábitos de vida. Uma dieta equilibrada, rica em antioxidantes e carotenoides, aliada ao uso de suplementos validados, à abstinência do tabaco, moderação no álcool e ao controle de doenças sistêmicas são as melhores estratégias para preservar a visão. A consulta regular ao oftalmologista permite a detecção precoce e orientação personalizada para cada paciente.

 

A prevenção da cegueira relacionada à idade passa, sobretudo, por escolhas diárias. Pequenas mudanças, como aumentar o consumo de vegetais, reduzir alimentos processados, proteger os olhos do sol e manter a pressão arterial sob controle, têm impacto cumulativo positivo na saúde ocular.

 

Perguntas de pacientes sobre DMRI e dieta

 

  1. Minha mãe tem DMRI e usa a vitamina Neovite todos os dias. Mesmo assim ela tem piorado a visão de forma contínua. Ela não consegue mais assistir TV e ler. Tem algo que ela pode fazer pra melhorar?

É importante reavaliar a progressão da DMRI com um oftalmologista. As vitaminas ajudam a retardar, mas não interrompem totalmente a evolução da doença. Outras opções, como ampliação eletrônica, mudanças na iluminação e, em alguns casos, tratamento com injeções anti-VEGF, podem ser consideradas.

 

  1. Tomo Totavit todos os dias. Isso é suficiente para não perder minha visão com o tempo?

A suplementação ajuda, mas não substitui acompanhamento oftalmológico e controle de outros fatores de risco como alimentação, pressão arterial e tabagismo.

 

  1. Tenho DMRI em estágio inicial. Preciso mesmo tomar essas vitaminas?

Sim, estudos mostram que o uso precoce pode ajudar a retardar a progressão da doença, especialmente em quem tem fatores genéticos ou familiares.

 

  1. Posso usar qualquer marca de vitamina com luteína?

Não. A fórmula deve seguir as proporções do estudo AREDS2. Algumas marcas têm quantidades insuficientes ou ingredientes não recomendados.

 

  1. Posso tomar essas vitaminas por conta própria?

Não é o ideal. A suplementação deve ser orientada por um oftalmologista com base no estágio da sua DMRI.

 

  1. Tenho 80 anos e perdi quase toda a visão central. Ainda vale a pena tomar a vitamina?

Sim. Embora não recupere a visão, pode ajudar a preservar o que resta e proteger o outro olho, caso ainda esteja preservado.

 

  1. Sou diabético e tenho DMRI. Posso tomar essas vitaminas?

Sim, mas é importante verificar a interação com seus medicamentos e a presença de outros nutrientes, como ômega-3.

 

  1. Minha mãe não se adapta com cápsulas grandes. Existe versão líquida?

Algumas marcas oferecem cápsulas gelatinosas menores ou soluções líquidas. Consulte seu oftalmologista para recomendação.

 

  1. Uso PreserVision mas ouvi falar do Neovite. Devo trocar?

As fórmulas são um pouco diferentes. Converse com seu médico sobre custo, tolerabilidade e disponibilidade.

 

  1. Essas vitaminas podem ser tomadas a vida toda?

Sim, desde que não haja contraindicações clínicas. O acompanhamento médico é essencial.

 

  1. As vitaminas fazem o olho parar de doer?

Não. DMRI geralmente não causa dor. Se há dor ocular, pode haver outra condição associada e você deve procurar o oftalmologista.

 

  1. Tenho histórico familiar de DMRI. Devo começar a tomar as vitaminas antes de ter diagnóstico?

Não há recomendação para uso preventivo em pessoas sem sinais da doença. O ideal é manter uma dieta saudável e acompanhamento regular.

 

  1. Tenho alergia a soja. Posso usar essas vitaminas?

Algumas marcas usam óleo de soja. Verifique a composição e converse com seu médico.

 

  1. Existe algum exame que mostra se a vitamina está funcionando?

A evolução é acompanhada por exames de imagem como OCT e retinografia, e não diretamente pela ação da vitamina.

 

  1. Vi um suplemento com luteína de 40 mg. Isso é melhor?

Não necessariamente. A dose recomendada pelo AREDS2 é de 10 mg. Doses muito altas podem não ser mais eficazes e até prejudiciais.

 

  1. A vitamina substitui o tratamento com injeção? Já fiz 8 aplicações no meu olho direito.

Não. Injeções anti-VEGF são indicadas para DMRI exsudativa. A vitamina é complementar. Tanto pacientes com a forma úmida como com a forma seca podem se beneficiar do uso de suplemento vitamínico.

 

  1. Quanto tempo demora para as vitaminas começarem a fazer efeito?

Os efeitos são cumulativos e visam prevenção a longo prazo, não há melhora imediata.

 

  1. Sou fumante. Posso usar qualquer fórmula?

Evite fórmulas com beta-caroteno. Prefira as que contêm luteína e zeaxantina, como as da AREDS2.

 

  1. Essas vitaminas fazem mal para o fígado ou rins?

Em geral, são seguras, mas quem tem problemas hepáticos ou renais deve ter acompanhamento rigoroso.

 

  1. Tenho glaucoma e DMRI. Posso tomar a vitamina?

Sim, a suplementação é segura, mas você deve seguir acompanhamento para ambas as doenças.

 

  1. O uso da vitamina pode causar diarreia ou náusea? Percebi aumento de gases após o uso de vitaminas para retina.

Alguns pacientes relatam efeitos gastrointestinais. Um dos componentes que podem estar relacionados é o Cobre. Testar outra marca ou tomar com alimentos pode ajudar.

 

  1. Já faço uso de polivitamínico Centrum. Ainda preciso de AREDS2?

Sim. Os multivitamínicos comuns não têm os níveis adequados de luteína, zeaxantina e zinco.

 

  1. Tenho degeneração há 15 anos e já perdi parte da visão do olho direito. A vitamina pode prevenir a doença em meus filhos?

Não há indicação de uso preventivo em jovens saudáveis, mas hábitos saudáveis são recomendados.

 

  1. Minha mãe toma Neovite mas não melhora. Isso quer dizer que a vitamina não funciona?

Não. A vitamina visa retardar a progressão, não reverter a doença. A piora pode ser parte do curso natural da DMRI.

 

  1. Existe algum tratamento natural que substitua essas vitaminas?

A alimentação rica em vegetais, peixes e azeite ajuda, mas não substitui a fórmula validada cientificamente.

 

  1. Qual a diferença entre luteína e zeaxantina?

Ambas são carotenoides presentes na mácula e agem como antioxidantes. Juntas, protegem melhor a retina.

 

  1. Posso tomar essas vitaminas com remédio para pressão?

Em geral, sim. Mas o ideal é confirmar com seu médico para evitar interações.

 

  1. Tenho dificuldade de engolir cápsulas. Posso abrir e misturar no suco?

Depende da marca. Algumas cápsulas podem ser abertas, outras não. Verifique a bula ou com seu médico.

 

  1. Vi um suplemento mais barato. Posso trocar?

Se a fórmula for idêntica à AREDS2, sim. Mas desconfie de produtos muito baratos sem comprovação científica.

 

  1. Quantas cápsulas preciso tomar por dia?

A maioria das marcas recomenda 2 cápsulas ao dia, mas siga exatamente a indicação do fabricante e do seu oftalmologista.

 

Infográfico DMRI

Dieta DMRI

Figura 4: Infográfico DMRI – Para reproduzir pedimos que cite a fonte (aronguimaraes.com.br)

 

 

Sobre o Autor

Dr. Aron Guimarães, Oftalmologista especialista pela USP/SP, com mestrado e doutorado pela UNICAMP.

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REFERÊNCIAS

 

  1. CHEW, E. Y. et al. AREDS2 Research Group. Lutein + zeaxanthin and omega-3 fatty acids for age-related macular degeneration: The Age-Related Eye Disease Study 2 (AREDS2) randomized clinical trial. JAMA, v. 309, n. 19, p. 2005-2015, 2013.
  2. AGRÓN, E. et al. Dietary nutrient intake and progression to late age-related macular degeneration in the Age-Related Eye Disease Studies 1 and 2. Ophthalmology, v. 128, n. 3, p. 425–442, 2021.
  3. PAWLOWSKA, E. et al. Dietary polyphenols in age-related macular degeneration: protection against oxidative stress and beyond. Oxidative Medicine and Cellular Longevity, v. 2019, Art. ID 9682318.
  4. BERNSTEIN, P. S. et al. Lutein, zeaxanthin, and meso-zeaxanthin: The basic and clinical science underlying carotenoid-based nutritional interventions against ocular disease. Progress in Retinal and Eye Research, v. 50, p. 34–66, 2016.
  5. KEENAN, T. D. L. et al. Adherence to the Mediterranean diet and progression to late age-related macular degeneration in the Age-Related Eye Disease Studies 1 and 2. Ophthalmology, v. 127, n. 11, p. 1515–1528, 2020.
  6. KEENAN, T. D. L. et al. Alcohol consumption and risk of age-related macular degeneration and geographic atrophy progression. Ophthalmology, v. 130, n. 3, p. 278–288, 2023.
  7. LATINOFARMA. LatinoVision AREDS2 – Suplemento vitamínico ocular. [S.l.]: Latinofarma. Disponível em: https://latinofarma.com.br. Acesso em: 23 abr. 2025.
  8. BAUSCH + LOMB. PreserVision AREDS 2 Formula Eye Vitamin. [S.l.]: Bausch + Lomb. Disponível em: https://www.bausch.com. Acesso em: 23 abr. 2025.

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