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Cirurgia Refrativa para Astigmatismo: LASIK e PRK Funcionam Mesmo?

cirurgia refrativa

Cirurgia Refrativa para Astigmatismo: LASIK e PRK Funcionam Mesmo?

 

A cirurgia refrativa com LASIK ou PRK é uma opção segura e eficaz para corrigir o astigmatismo, inclusive em graus elevados. Estudos científicos demonstram que ambas as técnicas proporcionam boa acuidade visual, com leve vantagem do LASIK em termos de precisão e menor necessidade de retratamento. A escolha do método ideal depende das características da córnea, tecnologia disponível e avaliação médica criteriosa.

 

A cirurgia refrativa é mais eficaz para astigmatismos de até 4 a 5 graus. Nessa faixa, os resultados costumam ser bastante previsíveis, com alta taxa de correção e baixo índice de complicações. Astigmatismos mais altos, acima de 6 graus, podem ser tratados com LASIK ou PRK, mas apresentam maior risco de astigmatismo residual e menor previsibilidade, exigindo planejamento mais cuidadoso e, eventualmente, retratamento.

 

 

  1. O que é astigmatismo e como atrapalha a visão?

O astigmatismo é um erro refrativo causado por uma curvatura irregular da córnea ou do cristalino. Em vez de ser perfeitamente esferoidal, a superfície ocular é mais curva em uma direção do que em outra, o que provoca uma distorção na forma como a luz incide sobre a retina. O resultado? Uma visão borrada ou distorcida em todas as distâncias.

 

Pessoas com astigmatismo frequentemente relatam dificuldade para enxergar detalhes, dor de cabeça, cansaço visual e sensibilidade à luz. A condição pode ocorrer isoladamente ou associada a outros erros refrativos, como miopia ou hipermetropia. Além dos sintomas visuais, o astigmatismo pode impactar significativamente a qualidade de vida, dificultando tarefas cotidianas como leitura, uso de computadores e direção noturna.

 

  1. O que é a cirurgia refrativa?

A cirurgia refrativa é um procedimento a laser destinado a corrigir erros de refração, como miopia, hipermetropia e astigmatismo. As duas técnicas mais utilizadas para isso são o LASIK (Laser Assisted In Situ Keratomileusis) e o PRK (Photorefractive Keratectomy).

 

  • LASIK: Um pequeno flap é criado na córnea, que é levantado para que o laser possa remodelar a superfície interna da córnea. Depois, o flap é reposicionado. Esse método permite uma recuperação visual mais rápida e menos desconforto no pós-operatório.

 

  • PRK: A camada mais superficial da córnea é removida antes da aplicação do laser. Não há criação de flap, o que torna o procedimento indicado para pacientes com córneas finas ou com pequenas irregularidades. A recuperação é mais lenta, mas o risco de complicações relacionadas ao flap é eliminado.

 

 

Ambos os métodos têm como objetivo corrigir a forma da córnea para permitir que a luz se concentre corretamente na retina, proporcionando visão nítida. Com o avanço das tecnologias, como lasers de alta precisão (ex: WaveLight EX500), a segurança e eficácia dos procedimentos aumentaram consideravelmente.

 

  1. Quem tem astigmatismo pode fazer a cirurgia refrativa com segurança? Quais os riscos e benefícios?

Sim, pessoas com astigmatismo podem se beneficiar da cirurgia refrativa, desde que apresentem indicação adequada após uma avaliação oftalmológica criteriosa. Os estudos analisados mostram que tanto o LASIK quanto o PRK são eficazes na correção de astigmatismos elevados (acima de 3 dioptrias), embora o LASIK demonstre uma leve vantagem em termos de previsibilidade e menor necessidade de retratamento.

 

O estudo de Mimouni et al. (2021) comparou os resultados de pacientes com astigmatismo entre 3 a 6 dioptrias tratados com LASIK ou PRK. Ambos os grupos apresentaram excelente segurança e eficiência. No entanto, o grupo LASIK apresentou menor astigmatismo residual, menor variabilidade dos resultados e menor índice de erro. Aproximadamente 58% dos olhos tratados com LASIK atingiram emetropia com até 0,5 D de desvio, contra 39% no grupo PRK. Além disso, a taxa de retratamento foi menor com LASIK.

 

Já o estudo de Sorkin et al. (2024) investigou os fatores que aumentam a chance de retratamento em pacientes com astigmatismo misto. A presença de astigmatismo elevado foi um dos principais preditores, independentemente da técnica utilizada. O uso de lasers mais modernos (como o EX500) mostrou-se mais eficiente e com menores taxas de retratamento, reforçando a importância da tecnologia envolvida no procedimento.

 

Helen Wu, em sua revisão clínica, destaca que o tratamento do astigmatismo exige mais sofisticação que a correção de miopia ou hipermetropia, devido à necessidade de alinhar com precisão magnitude e eixo. Mesmo com a evolução das tecnologias, fatores como cicatrização desigual, centragem da aplicação do laser e variações no eixo do astigmatismo continuam sendo desafios técnicos.

 

Benefícios da cirurgia refrativa para astigmatismo:

  • Melhora significativa da acuidade visual sem óculos ou lentes;
  • Redução de sintomas como cefaleia e cansaço ocular;
  • Recuperação rápida da visão, principalmente com LASIK;
  • Procedimento seguro e eficaz com alto grau de satisfação dos pacientes;
  • Possibilidade de personalização do tratamento com tecnologias guiadas por topografia e wavefront.

 

Possíveis riscos e limitações:

  • Astigmatismo residual ou induzido, especialmente nos casos de PRK;
  • Necessidade de retratamento em uma pequena porcentagem dos casos;
  • Riscos relacionados à criação do flap (no LASIK), como deslocamento ou microestrias;
  • Complicações na cicatrização, como haze corneano (mais comum no PRK);
  • Possibilidade de perda de acuidade visual em casos raros com astigmatismo irregular persistente.

 

É importante destacar que cada caso deve ser avaliado individualmente, considerando fatores como espessura corneana, estabilidade da refração, expectativa visual e presença de contraindicações como ceratocone.

 

  1. Conclusão

A cirurgia refrativa, tanto LASIK quanto PRK, é uma opção segura e eficaz para a correção do astigmatismo, inclusive em casos de astigmatismo elevado. A escolha entre as técnicas deve considerar as características da córnea, preferência do paciente e experiência do cirurgião, além da tecnologia disponível.

 

Apesar dos desafios intrínsecos ao tratamento do astigmatismo, os avanços tecnológicos e o refinamento das técnicas cirúrgicas proporcionaram um cenário otimista para quem deseja se ver livre dos óculos e lentes de contato. A moderna cirurgia refrativa é resultado da integração entre conhecimento clínico, engenharia óptica e tecnologia de ponta.

 

Se você tem astigmatismo e está pensando em realizar a cirurgia refrativa, converse com um oftalmologista de confiança, realize todos os exames necessários e avalie os benefícios específicos para o seu caso. Lembre-se: um planejamento personalizado é essencial para alcançar os melhores resultados visuais.

Dr. Aron Guimarães é médico oftalmologista especialista pela USP/SP e com mestrado e doutorado pela UNICAMP.
Saiba mais em aronguimaraes.com.br

 

Perguntas sobre o tema:

  1. Quem tem astigmatismo moderado ou alto pode realizar cirurgia refrativa com segurança e bons resultados visuais a longo prazo?

Sim, pacientes com astigmatismo moderado ou alto podem realizar cirurgia refrativa com segurança, desde que sejam bem avaliados. Exames pré-operatórios como topografia, paquimetria e aberrometria ajudam a garantir que a córnea tenha espessura e curvatura adequadas. Com tecnologia moderna e planejamento personalizado, os resultados são bastante satisfatórios e duradouros.

 

  1. Existe diferença significativa entre os resultados obtidos com LASIK e PRK em pacientes com astigmatismo elevado?

Sim, embora ambos os métodos sejam eficazes, estudos mostram que o LASIK tende a oferecer resultados ligeiramente mais previsíveis em casos de astigmatismo elevado, com menor taxa de astigmatismo residual. O PRK, por sua vez, é indicado para córneas mais finas, mas pode apresentar recuperação visual mais lenta.

 

  1. Quanto tempo dura o efeito da cirurgia refrativa em quem tem astigmatismo? A correção é permanente?

Na maioria dos casos, a correção do astigmatismo é permanente. Porém, pequenas regressões podem ocorrer com o tempo, especialmente se o grau inicial for muito alto. Com boa indicação e estabilidade refracional, os resultados podem durar muitos anos, mantendo uma boa qualidade visual.

 

  1. A cirurgia refrativa para astigmatismo elimina completamente a necessidade de óculos ou lentes de contato?

Em muitos casos, sim. Pacientes com astigmatismo corrigido por LASIK ou PRK conseguem excelente acuidade visual sem correção óptica. No entanto, pequenos graus residuais podem permanecer, e a presbiopia (vista cansada) pode exigir óculos após os 40 anos.

 

  1. Há risco de o astigmatismo voltar após a cirurgia? Isso acontece com frequência?

Existe um risco pequeno de regressão, principalmente em pacientes com astigmatismo muito alto ou com cicatrização irregular. Esse retorno é mais comum nos primeiros anos e pode ser corrigido com retratamento, se indicado.

 

  1. Em que casos o PRK é mais indicado do que o LASIK para tratamento do astigmatismo?

O PRK é preferido em pacientes com córnea fina, suspeita de ectasia ou topografia irregular. Ele evita complicações relacionadas ao flap do LASIK e é mais seguro em alguns perfis anatômicos, embora tenha recuperação mais lenta.

 

  1. Como é o processo de recuperação da visão após a cirurgia refrativa para astigmatismo?

No LASIK, a recuperação visual ocorre em poucos dias, com melhora significativa já nas primeiras 24 horas. No PRK, o desconforto inicial é maior e a visão pode demorar algumas semanas para estabilizar totalmente.

 

  1. Existe idade ideal para realizar cirurgia refrativa em pacientes com astigmatismo?

A cirurgia é indicada a partir dos 18 anos, desde que a refração esteja estável há pelo menos um ano. Não há idade máxima definida, mas a presença de outras doenças oculares pode limitar a indicação em pacientes mais velhos.

 

  1. Quais exames são indispensáveis antes de indicar cirurgia refrativa para astigmatismo?

São essenciais: refração completa, topografia e tomografia corneana, paquimetria, análise de aberrações ópticas, medida da pressão intraocular e exame de fundo de olho. Esses exames ajudam a garantir segurança e precisão no planejamento.

 

  1. Quem tem ceratocone pode fazer cirurgia refrativa para astigmatismo?

Não. O ceratocone é uma contraindicação absoluta para LASIK e PRK, pois pode piorar a ectasia corneana. Em casos selecionados, o implante de anel intracorneano ou o crosslinking podem ser indicados como alternativas.

 

  1. Há risco de perda visual significativa após a cirurgia refrativa?

É muito raro. Com boa indicação e equipamentos modernos, a taxa de complicações graves é extremamente baixa. A maioria dos pacientes melhora sua qualidade visual sem necessidade de correção óptica.

 

  1. Como a tecnologia do laser influencia os resultados da cirurgia em pacientes com astigmatismo?

Lasers modernos, como o EX500, oferecem maior precisão e menor taxa de aberrações. Eles realizam ablações personalizadas e compensam movimentos oculares, aumentando a previsibilidade e segurança do procedimento.

 

  1. Quais são os principais efeitos colaterais após a cirurgia refrativa para astigmatismo?

Os mais comuns incluem olhos secos, halos noturnos, sensibilidade à luz e leve desconforto ocular. A maioria desses efeitos é temporária e melhora com o uso de colírios lubrificantes e anti-inflamatórios.

 

  1. A cirurgia para astigmatismo pode ser realizada em quem já teve outras cirurgias oculares?

Depende do tipo de cirurgia prévia e da condição da córnea. Pacientes com cirurgia de catarata ou implante de lentes podem não ser candidatos ao LASIK, mas algumas alternativas podem ser avaliadas com o oftalmologista.

 

  1. Em quanto tempo o paciente pode retornar às atividades normais após a cirurgia refrativa?

No LASIK, a maioria retoma suas atividades em 24 a 48 horas. No PRK, o retorno pode levar de 5 a 7 dias, especialmente para quem precisa de visão nítida constante, como motoristas ou profissionais que usam muito o computador.

 

  1. O uso prolongado de lentes de contato influencia nos resultados da cirurgia refrativa para astigmatismo?

Sim. É recomendado suspender o uso de lentes por pelo menos duas semanas antes dos exames e da cirurgia. O uso contínuo pode alterar a forma da córnea e prejudicar o planejamento cirúrgico.

 

  1. É possível tratar miopia e astigmatismo ao mesmo tempo com a cirurgia refrativa?

Sim. A cirurgia refrativa é capaz de corrigir múltiplos erros refrativos simultaneamente, incluindo miopia, hipermetropia e astigmatismo. O laser é programado para tratar todas as alterações em uma única sessão.

 

  1. Quais cuidados o paciente deve seguir após a cirurgia para garantir bons resultados visuais?

É essencial usar os colírios conforme prescrito, evitar coçar os olhos, proteger da luz intensa, não nadar ou usar maquiagem nos primeiros dias, e comparecer às consultas de revisão. Esses cuidados ajudam na cicatrização e evitam complicações.

 

Referências

 

  1. MIMOUNI, Michael et al. LASIK versus PRK for high astigmatism. International Ophthalmology, v. 41, p. 2091–2098, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1007/s10792-021-01766-5
  2. SORKIN, Nir et al. Factors Predicting the Need for Re-treatment After Laser Refractive Surgery in Patients With Mixed Astigmatism. Journal of Refractive Surgery, v. 40, n. 2, p. e73–e78, 2024. Disponível em: https://doi.org/10.3928/1081597X-20231212-06
  3. WU, Helen K. Astigmatism and LASIK. Current Opinion in Ophthalmology, v. 13, p. 250–255, 2002. Disponível em: https://doi.org/10.1097/01.ICU.0000021889.37339.D3

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