Catarata Congênita: Quando Operar? Usar Lente ou Não?
A catarata congênita é uma condição oftalmológica crítica que afeta o cristalino de recém-nascidos, impedindo o desenvolvimento adequado da visão. Pode ser causada por fatores genéticos, infecções congênitas, síndromes metabólicas ou permanecer sem causa definida. É uma das principais causas evitáveis de cegueira na infância, e seu diagnóstico precoce, tratamento cirúrgico oportuno e acompanhamento rigoroso são fundamentais para um bom prognóstico visual.
O diagnóstico é feito, inicialmente, pelo teste do reflexo vermelho (“teste do olhinho”), realizado ainda na maternidade. Sinais como leucocoria (reflexo branco na pupila), ausência de fixação visual, nistagmo ou estrabismo também devem acender o alerta nos primeiros meses de vida. Ao ser detectada, a criança deve ser avaliada por um oftalmopediatra para confirmação e planejamento do tratamento.
O tratamento é sempre cirúrgico, sendo idealmente realizado entre a 4ª e a 6ª semana de vida em casos unilaterais, e entre a 6ª e 8ª semana em bilaterais. A cirurgia consiste na remoção do cristalino opaco, e a correção óptica pode ser feita por meio de lentes de contato, óculos ou implante de lente intraocular (LIO). A decisão pelo implante da LIO depende da idade da criança, condições anatômicas do olho e possibilidade de seguimento rigoroso. Em menores de dois anos, geralmente opta-se por manter a criança afácica (sem lente intraocular) inicialmente.
Complicações como opacificação do eixo visual, glaucoma e inflamações são preocupações relevantes e exigem acompanhamento contínuo. Além disso, o tratamento da ambliopia com oclusão do olho bom é essencial para estimular o desenvolvimento visual no olho afetado, especialmente em casos unilaterais.
O sucesso do tratamento vai muito além do ato cirúrgico: depende da correção óptica contínua, do controle da ambliopia e, principalmente, da dedicação da família em seguir as orientações médicas. Tecnologias atuais, como vitrectomia minimamente invasiva e o uso do OCT, têm contribuído para cirurgias mais seguras e acompanhamentos mais precisos.
Seu filho ou paciente merece o melhor começo de vida possível — e a visão faz parte disso.
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O que é a catarata e por que ela pode aparecer em crianças?
A catarata é uma opacificação do cristalino — a lente natural do olho — que impede a passagem adequada da luz até a retina. Quando essa opacidade está presente ao nascimento ou se desenvolve nos primeiros meses de vida, é chamada de catarata congênita. Essa condição é relativamente rara, mas representa uma das principais causas de cegueira infantil evitável no mundo, com prevalência estimada entre 1 e 6 casos por 10.000 nascimentos vivos.
As causas da catarata congênita são amplas e, em cerca de 50% dos casos, não se consegue identificar um fator etiológico claro. No entanto, entre os fatores conhecidos estão:
- Fatores genéticos: mutações em genes associados ao desenvolvimento do cristalino.
- Infecções congênitas: principalmente rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus, herpes e sífilis.
- Síndromes sistêmicas: como síndrome de Down, síndrome de Lowe, galactosemia, entre outras.
- Distúrbios metabólicos: especialmente erros inatos do metabolismo.
- Uso de medicamentos ou substâncias durante a gestação: como corticóides ou álcool.
A catarata pode ser unilateral ou bilateral, total ou parcial, e afetar diferentes camadas do cristalino (nuclear, cortical, subcapsular, etc.). A forma e a densidade da opacidade influenciam diretamente no prognóstico e na urgência do tratamento.
Nos primeiros meses de vida, o sistema visual está em intenso desenvolvimento. A ausência de estímulo adequado (como ocorre na opacidade do cristalino) compromete a formação das conexões neurais entre os olhos e o cérebro, levando à ambliopia por privação visual — condição de baixa visão que não pode ser corrigida apenas com óculos.
Portanto, a catarata congênita, especialmente a densa e bilateral, é considerada uma urgência oftalmológica neonatal, e seu diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais .
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Como saber se uma criança tem catarata congênita?
A principal ferramenta de triagem é o teste do reflexo vermelho — também conhecido como “teste do olhinho” — realizado ainda na maternidade. Esse exame rápido e indolor permite identificar opacidades significativas que bloqueiam a passagem da luz até a retina. Quando o reflexo está ausente ou alterado (branco, assimétrico, ou escurecido), a criança deve ser encaminhada imediatamente para avaliação oftalmológica completa.
Além desse teste, sinais clínicos podem ser percebidos pelos pais ou profissionais de saúde:
- Leucocoria: pupila branca ou reflexo esbranquiçado nas fotos.
- Nistagmo: movimento involuntário dos olhos, comum em casos bilaterais e densos.
- Estrabismo: desalinhamento ocular, especialmente nas cataratas unilaterais.
- Falta de fixação visual: o bebê não segue objetos ou rostos com o olhar.
O diagnóstico definitivo é feito pelo oftalmologista pediátrico com exame de biomicroscopia, mapeamento de retina (quando possível), ultrassonografia ocular (nos casos com opacidade densa), e avaliação do segmento anterior e posterior do olho.
Em casos bilaterais, também é indicado o rastreamento de doenças sistêmicas e infecciosas congênitas. Exames laboratoriais como sorologias, triagem metabólica e avaliação genética podem ser solicitados, especialmente se houver sinais clínicos adicionais .
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Qual o tratamento e quando ele deve ser feito?
A cirurgia é o único tratamento eficaz para a catarata congênita. O objetivo é remover a opacidade do cristalino e restaurar a transparência do eixo visual, permitindo o desenvolvimento da visão.
Momento ideal para operar
O momento da cirurgia é crítico e deve respeitar janelas sensíveis do desenvolvimento visual:
- Unilateral: cirurgia idealmente entre 4 e 6 semanas de vida.
- Bilateral: cirurgia preferencialmente entre 6 e 8 semanas, podendo ser simultânea ou em dias consecutivos.
Estudos mostram que atrasos superiores a 8 semanas em cataratas densas e bilaterais resultam em comprometimento irreversível do desenvolvimento visual. Por outro lado, operar precocemente demais (antes das 4 semanas) pode aumentar os riscos de complicações, como glaucoma secundário e inflamações intensas .
Correção da afacia: lente ou não?
Após a remoção do cristalino, a criança ficará sem lente intraocular natural — condição chamada afacia. Essa condição precisa ser corrigida com:
- Lentes de contato (opção preferida para crianças com menos de 2 anos);
- Óculos afácicos (usados mais em casos bilaterais e em crianças maiores);
- Implante de lente intraocular (LIO), que pode ser feito:
- Primariamente, no momento da cirurgia (em crianças acima de 2 anos ou com indicação individualizada);
- Secundariamente, alguns anos depois, geralmente entre 4 e 6 anos, quando o olho já atingiu tamanho mais próximo do final do crescimento.
A decisão sobre implantar ou não uma LIO depende de fatores como idade, tamanho ocular, presença de microftalmia, estrutura do saco capsular, condição anatômica e expectativa de seguimento pós-operatório.
O Infant Aphakia Treatment Study mostrou que, em crianças operadas antes dos 6 meses com implante de LIO, houve mais complicações e necessidade de reoperações do que naquelas mantidas em afacia com lente de contato. No entanto, em crianças com mais de 2 anos, a LIO mostrou-se mais segura, com menor risco de glaucoma e melhores resultados visuais, especialmente em casos bilaterais .
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Quais os riscos de se operar a criança?
A cirurgia de catarata em crianças é mais complexa do que em adultos, por diversas razões:
- O olho infantil é menor e mais elástico.
- Há maior reatividade inflamatória.
- O crescimento ocular ainda não terminou, o que pode gerar erros refracionais futuros.
- Necessidade de anestesia geral, com seus próprios riscos.
As principais complicações incluem:
- Opacificação do eixo visual (VAO)
A mais comum. O crescimento de células do saco capsular após a cirurgia forma uma membrana opaca atrás da lente, que pode interferir na visão. O uso de capsulotomia posterior associada à vitrectomia anterior reduz consideravelmente esse risco. Estudos indicam que, com essa técnica, a taxa de VAO pode cair de 40% para menos de 10% .
- Glaucoma secundário
Pode surgir meses ou anos após a cirurgia. É mais comum em crianças operadas precocemente e mantidas em afacia. Meta-análises apontam menor incidência de glaucoma em casos com LIO implantada em crianças maiores de 2 anos .
- Inflamação intraocular
Mais intensa do que em adultos, pode levar à formação de sinequias, pupilas irregulares, opacidades secundárias e até deslocamento da lente.
- Complicações relacionadas ao implante da LIO
Incluem descentralização da lente, bloqueio pupilar, e até infecção intraocular (endoftalmite), embora raras.
- Erros refracionais com o crescimento ocular
Mesmo com implante de lente, o crescimento do olho pode levar a miopia ou hipermetropia importantes, exigindo acompanhamento e correção óptica contínua .
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Como deve ser o seguimento desses pacientes?
A cirurgia é apenas o primeiro passo. O sucesso visual depende do acompanhamento rigoroso, especialmente nos primeiros anos.
Correção óptica
- Lente de contato: preferida nos afácicos unilaterais; exige orientação familiar e revisões frequentes.
- Óculos: indicados para afacia bilateral e para complementação da correção em pseudofácicos.
- Troca de grau: necessária conforme o crescimento do olho.
Tratamento da ambliopia
- Tampão ocular: usado no olho bom para forçar o uso do olho operado.
- Duração e frequência: variam conforme idade e gravidade da ambliopia.
Monitoramento de pressão intraocular
- Acompanhamento vitalício, com avaliações regulares, especialmente nos primeiros 5 anos.
Exames periódicos
- Avaliação da acuidade visual, refração, fundo de olho, e adaptação aos dispositivos ópticos.
- Crianças com LIO devem ser monitoradas para deslocamento ou opacificação da lente.
O engajamento dos pais ou responsáveis é fundamental para o sucesso. Sem adesão adequada ao uso das lentes e à oclusoterapia, o risco de perda visual é alto, mesmo após uma cirurgia tecnicamente perfeita .
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Conclusão
A catarata congênita é uma das urgências mais significativas da oftalmologia pediátrica. Sua detecção precoce, tratamento cirúrgico adequado e reabilitação visual intensiva podem mudar drasticamente o curso da vida de uma criança, permitindo que ela desenvolva sua visão de forma funcional.
O momento da cirurgia deve respeitar a idade ideal conforme a lateralidade da catarata, equilibrando o risco de ambliopia com as possíveis complicações cirúrgicas. A decisão de implantar ou não uma lente intraocular deve ser personalizada, considerando riscos, benefícios e o ambiente familiar.
Mais importante que operar bem, é seguir bem. A jornada visual dessas crianças é longa, mas, com cuidado multiprofissional, reabilitação visual intensiva e apoio familiar, os resultados podem ser surpreendentemente positivos.
Dr. Aron Guimarães é médico oftalmologista especialista pela USP/SP e com mestrado e doutorado pela UNICAMP.
Saiba mais em aronguimaraes.com.br
Perguntas sobre o tema:
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Quais são os principais sinais e sintomas que os pais podem observar em um bebê que indiquem a possibilidade de catarata congênita, e o que fazer nesse caso?
Os principais sinais incluem reflexo branco na pupila (leucocoria), falta de contato visual, olhos que se movimentam involuntariamente (nistagmo), estrabismo e ausência de resposta visual a estímulos. Ao notar qualquer um desses sinais, é essencial procurar um oftalmologista pediátrico imediatamente para avaliação completa, pois o diagnóstico precoce é crucial.
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Por que a catarata congênita é considerada uma urgência oftalmológica, e o que pode acontecer se o tratamento não for realizado a tempo?
A catarata congênita impede que a luz chegue à retina nos primeiros meses de vida, comprometendo a formação das conexões neurais entre os olhos e o cérebro. Se não tratada precocemente, pode levar a ambliopia por privação, uma condição de baixa visão permanente, mesmo que a cirurgia seja realizada posteriormente.
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Existe uma idade ideal para realizar a cirurgia de catarata congênita e como essa recomendação muda nos casos unilaterais e bilaterais?
Sim, para cataratas unilaterais a cirurgia deve ser feita preferencialmente entre 4 e 6 semanas de vida. Já nos casos bilaterais, o ideal é entre 6 e 8 semanas. Essas janelas são críticas para o desenvolvimento visual e evitam a ambliopia severa.
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Quais exames são realizados para diagnosticar a catarata congênita e como é feita a avaliação do grau de comprometimento visual?
O diagnóstico é feito com exame oftalmológico detalhado, incluindo biomicroscopia, reflexo vermelho, mapeamento de retina (quando possível) e, em cataratas densas, ultrassonografia ocular. A avaliação do comprometimento visual pode incluir testes de fixação e acompanhamento com ortoptistas, especialmente após a cirurgia.
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Quais são as principais causas da catarata congênita e existe alguma forma de prevenção, especialmente durante a gestação?
As causas incluem mutações genéticas, infecções congênitas (rubéola, toxoplasmose, CMV), síndromes genéticas, distúrbios metabólicos e causas idiopáticas. A vacinação adequada, controle de doenças maternas e pré-natal bem feito são formas de prevenção, especialmente contra infecções que podem comprometer o cristalino fetal.
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Como é decidido se uma lente intraocular será implantada durante a cirurgia de catarata congênita ou se a criança ficará afácica?
A decisão depende da idade, anatomia ocular, presença de microftalmia, tamanho do olho e expectativa de seguimento. Em geral, crianças menores de 2 anos ficam afácicas e usam lente de contato ou óculos; o implante de LIO é mais comum em crianças maiores de 2 anos com boa anatomia ocular.
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Quais os principais riscos e complicações da cirurgia de catarata congênita, especialmente em bebês com menos de 6 meses de idade?
As complicações incluem opacificação do eixo visual, glaucoma secundário, inflamação intraocular intensa, sinequias, deslocamento da lente, infecção e necessidade de reoperações. Em bebês muito novos, o risco de glaucoma é maior e a inflamação pós-operatória tende a ser mais intensa.
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Crianças que recebem implante de lente intraocular ainda precisam usar óculos ou lente de contato após a cirurgia?
Sim, mesmo após o implante da LIO, geralmente é necessário o uso de óculos para correção do grau residual e adaptação conforme o crescimento do olho. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de lente de contato complementar, especialmente em pacientes com grande diferença entre os olhos.
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O que é ambliopia por privação visual e por que ela é tão comum em crianças com catarata congênita?
Ambliopia por privação visual ocorre quando o cérebro não recebe estímulo visual adequado de um ou ambos os olhos nos primeiros meses de vida. É comum na catarata congênita devido à opacificação do cristalino, que impede o desenvolvimento das vias visuais, mesmo que a retina esteja normal.
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Qual o papel da oclusoterapia (uso de tampão ocular) após a cirurgia de catarata congênita, e como ela deve ser feita?
A oclusoterapia é fundamental para estimular o uso do olho operado, especialmente em casos unilaterais. Consiste em tapar o olho não afetado por horas ao dia, conforme a idade e gravidade da ambliopia. A duração e frequência variam, e o acompanhamento deve ser feito por oftalmologista e ortoptista.
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Como o crescimento ocular influencia na escolha da lente intraocular em crianças com catarata congênita?
O olho da criança ainda está em crescimento, o que pode alterar o grau da lente necessário ao longo do tempo. Por isso, lentes são subcorregidas de propósito (hiperopia residual) e, em crianças muito pequenas, opta-se por não implantar a lente primariamente para evitar erros refrativos graves no futuro.
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Existe diferença no prognóstico visual entre catarata congênita unilateral e bilateral?
Sim. Em geral, o prognóstico visual das cataratas bilaterais é melhor, pois o estímulo visual é simétrico e contínuo em ambos os olhos. Já nas cataratas unilaterais, a tendência ao desenvolvimento de ambliopia é muito maior, exigindo mais esforço em oclusoterapia e reabilitação visual.
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Quais técnicas cirúrgicas ajudam a reduzir o risco de reopacificação do eixo visual após a cirurgia de catarata congênita?
A realização de capsulotomia posterior associada à vitrectomia anterior no mesmo ato cirúrgico tem se mostrado eficaz na prevenção da opacificação do eixo visual. Essa técnica remove o suporte onde as células remanescentes cresceriam e evita reintervenções nos primeiros anos de vida.
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O que é o Infant Aphakia Treatment Study (IATS) e qual foi sua principal contribuição para o manejo da catarata congênita?
O IATS foi um estudo multicêntrico que comparou os resultados visuais e complicações entre crianças operadas com lente intraocular versus afácicas usando lente de contato. Concluiu que não houve diferença significativa na acuidade visual, mas houve mais complicações no grupo com LIO em bebês <6 meses.
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Como é feita a correção óptica em crianças que permaneceram afácicas após a cirurgia de catarata congênita?
A correção óptica pode ser feita com lentes de contato, preferencialmente rígidas gás-permeáveis ou gelatinosas, ou com óculos afácicos de alta potência, especialmente em casos bilaterais. A adaptação deve ser acompanhada por profissional especializado e ajustada conforme o crescimento ocular.
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Em casos de catarata congênita bilateral, é melhor operar os dois olhos no mesmo dia ou em datas separadas?
Isso depende da avaliação do cirurgião e das condições do paciente. Em alguns casos, a cirurgia bilateral simultânea é realizada para reduzir o número de anestesias. No entanto, o risco de infecção bilateral (endoftalmite) é considerado e precauções rigorosas são tomadas para minimizar esse risco.
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Por que o glaucoma é uma complicação importante após a cirurgia de catarata congênita e como ele é monitorado ao longo da vida?
O glaucoma pode surgir devido à alteração na anatomia do ângulo de drenagem do olho após a cirurgia, inflamação crônica ou uso de esteroides. O monitoramento inclui tonometria regular, avaliação do nervo óptico e campo visual, sendo necessário acompanhamento vitalício.
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Como a equipe médica pode ajudar os pais a se engajarem no tratamento de seus filhos com catarata congênita?
A equipe deve fornecer informações claras, estabelecer vínculo de confiança, treinar os pais no uso do tampão e das lentes, e oferecer suporte psicológico. O sucesso do tratamento depende fortemente da adesão familiar às orientações pós-operatórias e à reabilitação visual.
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Crianças com catarata congênita operada podem ter uma vida escolar e social normal com o tratamento adequado?
Sim. Com diagnóstico precoce, cirurgia no tempo ideal e reabilitação visual correta (óculos, lentes, oclusão), a maioria das crianças pode alcançar visão funcional e participar plenamente da vida escolar e social. A integração deve ser incentivada e o suporte educacional ajustado, se necessário.
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Qual o impacto da tecnologia atual, como o uso de vitrectomia 25G e OCT, no manejo da catarata congênita?
Tecnologias modernas, como vitrectomia com microincisões (23G/25G) e OCT portátil, permitem cirurgias mais seguras, menor trauma ocular e melhor monitoramento do desenvolvimento visual. Isso resulta em menos complicações e maior precisão no acompanhamento das estruturas oculares pós-cirurgia.
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