O buraco macular é uma falha na superfície da retina central: A mácula. Esta falha causa uma alteração sensorial justamente na região de maior importância para a visão, levando ao comprometimento do campo central e reduzindo a acuidade visual.
O paciente com buraco macular chega ao consultório com um queixa de visão borrada no centro do campo e que ao redor a nitidez é boa. Em geral é unilateral, mas pode ser de aparecimento bilateral simultâneo.
Para o diagnóstico apropriado é necessário o exame de fundoscopia (mapeamento de retina), no qual o paciente deverá ter suas pupilas dilatadas com colírio (Exame leva em geral 40 min para poder ser realizado). A tomografia de coerência óptica (OCT) também é fundamental para determinar com mais detalhes o tamanho e particularidades do buraco de mácula.
Existem duas teorias principais para o desenvolvimento do buraco macular :
1. Teoria de Gass: O buraco se forma devido à forças vítreo-retinianas tangenciais.
2. Teoria de Tornambe: Ocorre um defeito na retina interna que permite a entrada do vítreo fluído e hidrata a mesma.
O tipo mais comum de buraco macular é aquele relacionado à idade e ocorre principalmente em mulheres na faixa dos 60 aos 70 anos.
O tratamento, em geral, é realizado através de cirurgia vitreo-retiniana (Vitrectomia via pars plana), na qual é removida a Membrana limitante interna (MLI) com pinça própria para retina.
SAIBA TUDO SOBRE A CIRURGIA PARA BURACO MACULAR
Após a retirada da membrana limitante interna é colocado um gás para preencher a cavidade vítrea e em geral o paciente necessita realizar um posição de cabeça por alguns dias.
Não são todos os casos que têm indicação e o que levamos em consideração são: a acuidade visual (em geral pior do que 20/40), idade do paciente e comorbidades. Há chance aumentada de ter buraco macular no olho contralateral em relação a uma pessoa sadia.
Como efeito adverso da cirurgia temos: aumento da pressão intra-ocular que pode ocorrer no início, mas é de bom prognóstico, retornando à índices normais em pouco tempo; Catarata: pode aparecer semanas ou meses após a cirurgia de vitrectomia e seu tratamento é cirúrgico.